Biula, uma pequena aldeia
indígena, a onde nos esperavam os "velhinhos" (1) que íamos
render.
Ali estavam os «maçaricos» (2)
com as fardinhas a cheiraram a “ bacalhau” – era assim que o cheiro a novo era
rotulado –, para que eles pudessem rumar a outras terras menos inseguras, para
o repouso antes do regresso ao «Puto».
A alegria estava-lhes estampada
no rosto.
Finalmente.
Até que, enfim.
Desta é que é.
Eram as expressões mais ouvidas.
Mas...também nos esperava, uma
torrente de recomendações, que se veio a verificar não passavam do
"baptismo". Eram as praxes! Pernoitamos ao relento, nós e os
camaradas da 3439, que ainda tinham de percorrer, mais uns quilómetros, estes
sim de verdadeiro perigo pois iriam por picada, (3) que aqui no leste
são quase de areia, facilitando a colocação de minas anti-carro.
No Biula, muitas farras foram
vividas, muitas saudades devem ter ficado... era lá que um corpo nu bonito de
se ver, esperava o jovem soldado.
Quanto irá pagar? Quando regressado
uma dúvida se lhe poderá colocar no Biula ou noutro lado, algum filho terá
ficado?
E como irá a mãe explicar ao
irmão negro a diferença.
E sabe-se lá quantos corações
sangrando.
Eram assim estes tempos de
guerra. Chegar, conhecer, alguém e ter de partir...
( 1 - Os soldados em fim de comissão.
( 2 - Os soldados que estavam a iniciar a comissão.
( 3 - Caminho de terra batida.
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