27/10/10

Defesa sem dinheiro para ex-combatentes


Ministro assegura pagamentos nos próximos anos, mas não a longo prazo



Pensões. Ministro quer "discriminação positiva" para ex-combatentes

O ministro da Defesa, Luís Amado, foi ontem ao Parlamento afirmar que o complemento de pensão aos antigos combatentes deve ser repensado, dado que o Estado não tem dinheiro para suportar os encargos financeiros desta medida. Segundo este responsável, considerando um universo de 193 mil beneficiários, o fundo exigiria um encaixe imediato de 828 milhões de euros ou, em alternativa, 94 milhões de euros anuais. Um valor muito superior ao que o Estado pode arrecadar com a venda de património afecto ao Ministério da Defesa (forma de financiamento prevista na lei), argumenta o ministro.

Falando perante os deputados das comissões parlamentares de Orçamento e Finanças e Defesa, Luís Amado não foi preciso quanto aos termos em que pretende rever a lei - diria, à margem da reunião, que há que "repensar as condições de financiamento" -, referindo apenas que "há um princípio de discriminação positiva que deveria ter sido mais acautelado". Mas das bancadas da oposição, do CDS ao Bloco de Esquerda, veio a condenação unânime da intenção ontem revelada ao Correio da Manhã pelo secretário de Estado da Defesa - limitar o apoio aos ex-combatentes com maiores dificuldades económicas. "Temos que reconhecer direitos a todos, não temos que dar esmolas aos ex-combatentes", criticou o deputado do PSD Henrique de Freitas. Idêntico reparo fez o comunista António Filipe "O espírito da lei não é de todo o criar um regime assistencial para um milhar de carenciados". O Bloco foi mais longe, defendendo que o Estado tem de cumprir os compromissos que assumiu e que, não o fazendo, só tem como caminho propor a revogação da lei.


Luís Amado garantiu ter condições para assegurar os pagamentos aos ex-combatentes este ano e no próximo, mas insistiu que a médio/longo prazo o financiamento do fundo é inviável - "1600 milhões de euros até 2029" para um universo previsto de 400 mil beneficiários -, acusando o Governo PSD-CDS de não ter previsto a cobertura orçamental destas medidas. Uma crítica recusada à direita, que qualificou a questão como uma opção política do Governo. "As Scut [auto-estradas sem custos para o utilizador] custam 700 milhões de euros/ano. Aí tem a solução", desafiou o CDS.

Ex-combatentes pela tropa colonial ameaçam processar Portugal

susete francisco

Arquivo DN-Rodrigo Cabrita (Picado com a devida vénia do Diário de Notícias



[ 30-Aug-2007 - 14:22 ]


Ex-combatentes guineenses que serviram a tropa colonial portuguesa ameaçaram hoje interpor uma acção judicial contra o Estado português num tribunal internacional como forma de exigir o pagamento de pensões de reforma a que dizem ter direito.




"PARTIDO DOS COMBATENTES DO ULTRAMAR - ( PCU )

Camarada: (não no sentido partidário, mas sim de companheiro de armas), temos assistido ao longo destes últimos 30 anos, a uma total indiferença pela nossa situação. Surge do vez em quando um ou outro político, que para seu interesse partidário usa a nossa situação para proveito da sua cor, pretendendo defender-nos. Com interesse verdadeiro ou não admitamos-lhe o benefício da dúvida.
A verdade é esta, através de todos os governos que por cá tem passado, continuamos na mesma e assim continuaremos até que pela lei natural da morte deixemos de ser o objecto cada vez menos incómodo que tem constituído a nossa "classe".

Não sei se alguma vez nos apercebemos do grande partido que poderíamos ter constituído? Façam as contas às centenas de milhar que por lá passaram somados ao número dos seus familiares.

Em tempos sugeri a uma entidade relacionada com os deficientes das forças armadas, a formação de tal partido, tendo obtido como resposta, que etc. etc. e tal, mas... nada interessados – sabe-se lá porquê.

Somos menos, é verdade, mas talvez ainda em número suficiente, para fazermos ouvir a nossa voz directamente ao órgão respectivo.
Vamos tentar?

Se tomares conhecimento deste manifesto, dá a conhece-lo ao teu companheiro de armas e assim por diante. Veremos assim a extensão da nossa força actual. Coragem não nos falta, já o provamos..."
Joaquim Lúcio Ferreira Neto

Capitão miliciano na reserva

Rua D, 79 - Bouça Grande

4470-761 MAIA

TM 911990281


Camaradas de armas!

Após 34 anos do meu regresso de Angola, ando compulsivamente à procura de referências do nosso passado comum. Ou seja, aquilo que nos une a todos, independentemente da nossa cor clubistas, ou politica!

SOMOS EX-COMBATENTES DO ULTRAMAR PORTUGUÊS, e esta vivência não se pode ignorar. Merecemos a defesa da nossa dignidade! Fomos soldados de Portugal e não, soldados colonialistas como após o 25 de Abril passaram a chamar-nos alguns "iluminados políticos".

Por mim fui para Angola, em Maio de 1969 sem um grão de café no bolso, e vim de lá mais rico porque como era enfermeiro operacional da C:CAÇ.2512 do B.CAÇ. 2874, estive presente em muitas situações não só quando os meus camaradas de mim precisaram, como das populações indígenas a quem prestei sempre o melhor auxilio que me foi possível dar!

Os Ex-combatentes do Ultramar foram mal tratados por esta nossa Pátria Democrática! Estamos ainda a tempo, (porque a nossa geração ainda não morreu toda), de reparar e compensar com dignidade todos aqueles que a troco de nada, até a vida lá deixaram! A GNR, é sem duvida um Instituição meritória, mas no que concerne á sua participação na guerra do Iraque, devo considera-los mercenários, atendendo a que os "voluntários" destacados, foram pagos principescamente! Não concordam?

Então quem foi que disse, que para trabalho igual, salário igual!? Ou seja, para missão militar em nome de Portugal, uns são heróis, outros colonialistas! E o risco de vida? não era o mesmo? O Poeta é que tinha razão: mudam-se os tempos, muda-se a vontade...e as conveniências!

Um abraço camaradas!



E nós camaradas porque esperamos???
Afinal o dinheiro existe, está é mal distribuído. È como o raio do cabelo....!!!
Ouvir que o país está numa de "aperta o cinto", – afinal sempre para os mesmos – pois que se saiba ainda não se disse se vai haver verbas, para os eleitos deste país. Ou será que o seu natal (bem longe) «olhe que não, olhe que não», vai faltar nas mesas, desses senhores , o peixe preferido dos portugueses “engasga gatos”?

È tempo de dizer BASTA.
Fomos carne para canhão. Não podemos ser ignorados e muito menos servir de arma de contra ataque deste ou daquele partido. Afinal quantos dos que deles fazem parte que tenham caçado sequer umas meias da tropa mesmo em tempo de paz.

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